quarta-feira, 14 de maio de 2008


de tanta conversa
já não me vem palavras
as que bastariam
pra descrever todo momento
que veio rápido
passou lento
que deixa ser
só levado
pela brisa
pelo vento

terça-feira, 29 de abril de 2008



pensa que esqueci 
do dia que conversamos horas
que dormi cogitando seu nome
soletrando letras suaves
que desenbocavam
fazendo sons flutuantes
tornava minha cabeça mais sóbria
menos equivocada de fatos e relatos
sempre psicografados
de uma memória arrogante

espero um dia ter o poderde voltar
para o ninho que me fazia crescer
sentir seguro e salvo dos sentimentos
agora vividos, formados pelas fotos
que esqueceu em cima da mesa
de um dia que ainda sentia sua pele
e não ficava procurando
nas outras mulheres que via passar
nas outras mulheres que tentava amar

segunda-feira, 28 de abril de 2008

issonãoépoesia

Vem dia feliz que faz colocar no fim em plena
situação simplória e ridicula, atordoa

com um simples recado , que monta o silêncio
em meio de rimas do dia-a-dia.

O jeito de encarar? Não sei , não tenho idéia de
como o mundo funciona

sem te algo que me guie, sem ter um objeto
sentimental que me faz tão mal

mas ao mesmo tempo tira todas as
vertigens do mesmo, que sacrifica a mente
 o subsolo pegajoso presente na melancolia, 

atrapalhada pelo desejo de ser
 feliz, apenas ter um sorriso depois de amar
 chorar e morrer em paz com satisfação

 de ter sentido o que 
poucos sentem verdadeiramente
 pois mesmo não correspondido 
sentimento é valioso e raro.

pode negar
agregar a culpa ao destino
usar de abrigo
seu próprio umbigo
não vai funcionar
a manta que cobre- nos
da guerra
da fome
do pranto
é mais mais nobre
do que um encanto
mais grossa que possa imaginar
o tempo é curativo
e decisivo no fim
mais do que possa pensar
nos controla em modo remoto
partindo de longe
chegando de perto
sempre se considerando
e chegando no dia certo

terça-feira, 11 de março de 2008

a quem se foi
só disse oi
esqueceu do tchau
deixou sobrando
apenas o caos          

terça-feira, 1 de janeiro de 2008



Tu risa
Quítame el pan, si quieres, quítame el aire, pero no me quites tu risa.
No me quites la rosa, la lanza que desgranas, el agua que de pronto estalla en tu alegría, la repentina ola de plata que te nace.
Mi lucha es dura y vuelvo con los ojos cansados a veces de haber visto la tierra que no cambia, pero al entrar tu risa sube al cielo buscándome y abre para mi todas las puertas de la vida.
Amor mío, en la hora más oscura desgranatu risa, y si de pronto ves que mi sangre mancha las piedras de la calle, ríe, porque tu risa será para mis manos como una espada fresca.
Junto al mar en otoño, tu risa debe alzar su cascada de espuma, y en primavera, amor, quiero tu risa como la flor que yo esperaba, la flor azul, la rosa de mi patria sonora.
Ríete de la noche, del día, de la luna, ríete de las calles torcidas de la isla, ríete de este torpe muchacho que te quiere, pero cuando yo abro los ojos y los cierro, cuando mis pasos van, cuando vuelven mis pasos, niégame el pan, el aire, la luz, la primavera, pero tu risa nunca porque me moriría.